– Olá.
– Oi. Você demorou hoje.
– Ah, estava resolvendo uns problemas aqui e ali.
– Amores de novo?
– É… você sabe como é o coração.
– Sei sim; não entendo muito, mas sei sim. Enfim, o que temos pra hoje?
– Bem, a gente podia sair por aí.
– Ah, não. Tentamos fazer isso da outra vez e eles não gostaram…
– Blah, que baboseira. Se você me deixasse cuidar da situação, tudo ficaria bem.
– Claro, claro…. Só queria lembrar que foi você quem nos deixou aqui pra começo de conversa.
– Whoa whoa whoa..! Não vamos começar né? Você praticamente me implorou pra te ajudar! Mas enfim… o que faremos hoje?
– … Bem, não sei. Poderíamos fazer um jogo de adivinhas.
– Adivinhas?
– É. Por exemplo, adivinhe o que eu estou vendo agora. É amarelo.
– Isso é muito fácil… É o telefone. Eu estou vendo algo branco.
– É a mesa?
– Não. Passou perto.
– É a prancheta?
– Certo! Vamos, me dê uma difícil!
-… Eu estou vendo algo preto.
– É uma caneta!
– Sim… Ok, essa foi muito fácil.
– Ah… Eu estou vendo algo vermelho…..
– ….Não é sangue de novo, é?
– ….Ok, você acertou.
– Hora de parar de brincar. Não quero matar o doutor.
– Mas a caneta está logo ali!
– Não.
– …. Ok… dessa vez, ok…
– Boa noite, eu.
– Boa noite…